Carlos Magno
Volto, novamente, a escrever sobre assuntos que nos fazem refletir sobre o nosso comportamento, sobre a nossa vida, sempre em complemento ao escrito anteriormente, em algumas vezes especificando determinados temas que nos é muito caro.
Desta vez, aproveito o ensejo da passagem de ano, para repensarmos e tratar exatamente do que fizemos no ano que esta findando e o que pretendemos fazer no ano que se avizinha.
Encerrar ciclos e iniciar novas etapas faz parte do desenvolvimento de qualquer ser humano. Costumeiramente isso ocorre na vida de qualquer um. Entre ganhos e lutos rotineiros, a vida é vivida. Vivida em detalhes inimagináveis.
No término de mais um ano, fica o questionamento em nossa mente: como foi o meu ano? Tentamos muitas vezes buscar uma resposta se, durante todos os dias, fomos felizes ou não, se conquistamos aquilo que desejamos, quais problemas e frustrações passamos e muitos outras situações.
Quanto a mim, agradeço ao Senhor nosso Deus por haver atravessado o ano por momentos difíceis de saúde mas, recuperei-me de todas as etapas. Foi um ano de períodos pequenos de trabalho, seguidos de ausências para cuidar da saúde. Eu sou um aprendiz da vida.
É curioso ver que na vida estamos sempre buscando soluções para uma jornada infinita. Sempre achamos que, ao conquistarmos algo maior, que podemos, finalmente, nos acomodar. Mas é exatamente o contrario, a cada passo estamos logo pensando em outro. E aí vem a vida e nos mostra que não é nada disso, que somos seres em eterna evolução, em uma realidade essencialmente de mudança e que, mesmo que as coisas estejam bem, continuaremos sempre, invariavelmente, buscando algo melhor, pois a vida é uma jornada eterna onde não cabe estagnação.
Por vezes o que nos move são as coisas boas, como ter uma casa melhor, um carro melhor, um corpo melhor, enfim, expandir e, outras vezes (e não menos importantes) nos movemos por situações ruins que fogem ao nosso controle e talvez a pior delas seja a saúde.
Quem já não ouviu: “Amigo, agradeça enquanto tem saúde, porque quando falta a saúde, aí é que nem o dinheiro resolve!”
E tem muito de verdade pois, quando nos deparamos com alguma situação que impede nosso corpo ou organismo funcione como precisamos dele, ainda que tenha passado pelos melhores tratamentos e médicos e tenha feito tudo o que pode para se ajudar, a sensação de limitação e frustração insistem em se instalar. A mente vai, mas o corpo fica a desejar.
Encerrar ciclos nada mais é do que fechar portas e terminar capítulos dos fatos ocorridos e tentar elaborar estes. Elaborar no sentido de entender, compreender e analisar tudo o que foi vivenciado.
No entanto, quando encerramos ciclos, logo temos a tarefa de iniciar novas etapas para formação de um “novo ciclo”. E, muitas vezes, o novo nos remete ao medo e insegurança. Para tanto, é necessário deixar de lado aquilo que não se encaixa mais em sua vida, o que não lhe traz significado. Nada mais do que deixar de ser quem era e recomeçar novamente – e isso não é nenhuma tarefa rápida e fácil.
Iniciar uma nova etapa nada mais é que “desenhar” novos caminhos, pintar e colorir novas “telas” e dar significado para tais. É observável que geralmente, no final de um ano, os indivíduos possuem uma grande alegria pelas festividades, decorações natalinas, ritos de passagem e muitas outras crenças derivadas de sua cultura. Porém, grande parte da sociedade sente-se melancólica ou deprimida nessa época. Vale ressaltar que isso nada mais é do que a subjetividade interna de cada um – o modo como o sujeito encara as situações da vida, como vivenciou o término dos anos anteriores, das experiências vivenciadas e também toda a retrospectiva que a pessoa faz no findar de mais um ano.
Para fazer o novo é preciso sonhar, idealizar, concretizar, definir metas e objetivos. O objetivo de um ano novo não é que nós, seres humanos, tenhamos que desempenhar novas funções, mudar drasticamente. A grande sacada é construir um novo pensar das coisas já existentes e das atividades a serem realizadas. É construir aos poucos, é semear e cuidar das sementes.
O importante é não desistir da caminhada, ter perseverança, força e garra, acreditando que sempre se pode melhorar. A cada novo ciclo, uma nova oportunidade de ser e fazer a diferença. E a diferença nos engrandece, nos amadurece e nos faz crescer. Afinal as cores existem para todos, mas cada um enfeita sua vida como deseja, cada um pinta sua tela conforme quer.
O importante é não desistir da caminhada, ter perseverança, força e garra, acreditando que sempre se pode melhorar. A cada novo ciclo, uma nova oportunidade de ser e fazer a diferença. E a diferença nos engrandece, nos amadurece e nos faz crescer. Afinal as cores existem para todos, mas cada um enfeita sua vida como deseja, cada um pinta sua tela conforme quer.
O renomado escritor e psicoterapeuta Augusto Cury, em seu livro Ansiedade, nos ensina: “Quando estudamos o processo de construção de pensamentos, somos iluminados para entender que a loucura e a racionalidade são próximas uma da outra do que imaginamos. Por isso uma pessoa inteligente jamais discrimina ou diminui os outros.”Continuando, ele afirma: “Quem se arrisca a andar por ares nunca antes respirados ou pensar fora da curva tem grandes chances de encontrar pedras no caminho. No entanto, ninguem é digno de contribuir para a ciência se não usar suas dores e insônias nesse processo. Não há céu sem tempestade. Risos e lágrimas, sucesos e fracassos, aplausos e vaias fazem parte do curriculo de cada ser humano, em especial daqueles que são apaixonados por produzir novas idéias.”
Augusto Cury, uma mente previlegiada, nos ensina dizendo que devemos nos soerguer sempre e que para alcançarmos as nossas metas teremos que ter forças para continuar até alcançarmos nosssos objetivos.
Cada ano que passa. Cada pequeno instante. E cada pensamento que temos sobre a importancia de nossas vidas, revelam-se como marcas de grande significado em nossos corações a cada novo natal, a cada final e a cada inicio de um novo ano. E cada coração, pelo que sente nesse momento, faz parar, avaliar o todo e então se percebe que aquelas pessoas que realmente importam para nós são o verdeiro sentido da felicidade, da emoção que sentimos e da vida que vivemos em toda a sua extensão.
Falando um pouco de religião, creio que as nossas vidas são uma criação limitada de Deus. Ainda não conseguimos entender como o homem finito pode ser filho do Deus infinito, mas o livro de Eclesiastes nos revela: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o principio até o fim.”
O mundo está conturbado. Pelo que você vê, lê e ouve, pode achar que o mal esteja vencendo o bem. As noticias são desanimadoras: violência, fome, guerras, desemprego, poluição, corrupção, doenças, acidentes e muitas outras calamidades. Os meios de comunicação podem lhe dizer o que está acontecendo, mas você, em sua consciência deverá procurar o porquê disso tudo.
Portanto, este é um momento para refletirmos, fazer uma análise detalhada do que fizemos e raciocinarmos, também, detalhadamente, no que vamos fazer. A humanidade do bem estará em alerta para rejeitar tudo de ruim que ainda poderá acontecer. Anime-se. O conflito está no fim. Vamos com esperança de dias melhores para uma nova etapa.
Carlos Magno da Veiga Gonçalves – notário